Com a estagnação econômica do Brasil, é grande o número de famílias reduzindo os investimentos, dando prioridade para os itens de necessidades básicas, como alimentação e saúde. Em alguns casos, o argumento do \”orçamento reduzido\” tem sido usado para justificar o adiamento de um novo curso profissionalizante ou a continuidade das aulas. Mas há também aquele público que, em tempos de crise e desemprego, se volta para buscar novas qualificações visando uma preparação melhor para o futuro e desafios no mercado de trabalho.
E os dados não mentem. No levantamento feito pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), o segmento Educação e Treinamento – formado também por franquias de ensino de línguas estrangeiras – foi um dos que mais se destacaram em 2015. O setor registrou crescimento de 15% no terceiro trimestre do ano em relação ao mesmo período de 2014. E isso acontece mesmo em um período em que só se falou em crise.
São inúmeros os fatores que vêm provocando, neste mercado, um movimento de reação durante períodos tão conturbados como o que estamos vivendo em nosso país.
Nos últimos anos, o Brasil tem sediado grandes eventos mundialmente conhecidos. Além da Copa do Mundo em 2014, em agosto deste ano acontecem as Olimpíadas no Rio de Janeiro. Como o país tem sido o palco para muitos eventos conhecidos pelo mundo todo, o Brasil acabou sendo um dos principais destinos para os turistas. Esse fator leva as empresas a buscarem cada vez mais profissionais com inglês fluente. A classe C também voltou os olhos para o ensino de idiomas. Um número grande de jovens que estavam planejando fazer um intercâmbio fora do país concentram suas energias em estudar em escolas de línguas brasileiras.
Exemplo disso é a queda do número de intercâmbios para outros países. Impossibilitados de conseguir realizar o sonho de aprender um idioma fora do país e sabendo da importância de ter o inglês ou outro idioma como uma segunda língua, é grande o número de famílias concentrando seus esforços em aprender o idioma sem sair do Brasil.
O cenário é otimista para as escolas de idiomas, já que a busca pela melhor qualificação, neste momento de crise, faz toda a diferença em um futuro próximo.
Mas não basta apenas ter conhecimento dessa mudança comportamental das famílias brasileiras. As escolas de idiomas precisam se reinventar para manter o aluno matriculado. Elas precisam se adaptar diante da concorrência e das tecnologias, levando para a sala de aula novidades que atraem e prendam a atenção do estudante.
Segundo o diretor da Escola de Idiomas e Informática The Best, Gustavo Penido, “a The Best Escola de Idiomas e Informática entrou o ano de 2016 oferecendo uma série de modificações em sua grade curricular. Além de investimentos em tecnologia, foi preciso atualizar todo o material didático e criar aulas extras com formato de interação aluno – professor e ambiente da cidade. Assim o aluno pode se sentir mais motivado e determinado a falar, escrever e escutar com fluência a língua estrangeira escolhida”, comenta.
Gustavo também afirma que conquistar alunos na faixa etária dos 15 aos 18 anos é um desafio para as escolas de idiomas. Dependendo da classe econômica, muitos estão buscando o seu primeiro emprego e outros deixando de fazer o tão sonhado intercâmbio.
Sendo assim, é necessário que as escolas de idiomas criem alternativas que despertem nesses alunos o sentimento de que a escola de idiomas escolhida é a melhor opção para eles.